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16/08/2013

O cristão pode beber? Jesus fez bebida alcoolica?

Padrões de uso de álcool no Brasil: SENAD 2009

Os dados considerados...referem-se ao I Levantamento Nacional sobre os Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira, realizado pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), em parceria com a Unidade de Pesquisas em Álcool e Drogas (UNIAD) do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), em 2007... Foram entrevistadas 3.007 pessoas, sendo 2.346 adultas com mais de 18 anos e 661 adolescentes entre 14 e 17 anos. Cento e quarenta e três municípios brasileiros foram visitados"

 "O informe presente demonstra, mais uma vez, a relevância dos problemas associados ao uso do álcool, responsável por 90% das mortes relacionadas ao uso de substâncias psicoativas, mortalidade esta maior do que a de muitos países desenvolvidos ou situados em patamar de desenvolvimento semelhante ao nosso. Alta mortalidade relacionada ao uso do álcool é observada nas Regiões Sudeste, Sul e Nordeste. Esta última já aparecia em outros estudos como a região que possui as maiores taxas de dependentes do álcool no país (CARLINI et al., 2007). A relevância do álcool também aparece na análise das causas de internação, pois é responsável por 83,6% delas. Os problemas com o álcool igualmente chamam a atenção quando são analisadas as causas de afastamentos de trabalho e aposentadorias"

"As frequências e quantidades de consumo foram combinadas em cinco categorias de intensidade do beber:
  • bebedor pesado frequente: bebe 1 vez ou mais por semana e consome 5 ou mais doses por ocasião 1 vez na semana ou mais;
  •  bebedor frequente: bebe 1 vez por semana ou mais e pode ou não consumir 5 ou mais doses por ocasião pelo menos 1 vez na semana, mas mais de uma vez por ano;
  •  bebedor menos frequente: bebe de 1 a 3 vezes por mês e pode ou não beber 5 doses ou mais, ao menos 1 vez por ano; 
  • bebedor não frequente: bebe menos de uma vez por mês, mas ao menos 1 vez por ano e não bebe 5 doses ou mais em uma única ocasião; 
  • abstêmio: bebe menos de uma vez por ano ou nunca bebeu na vida."



"Resumo
1. Constatou-se que 48% da população adulta é abstinente (35% dos homens e 59% das mulheres). As taxas de abstinência variam muito em relação a alguns fatores.

Em relação à faixa etária de 18 a 24 anos, somente 38% são abstinentes e na faixa mais velha, acima de 60 anos, o índice de abstinência chega a 68%. As variações regionais são também significativas: de 35% na Região Sul a 54% na Região Norte.
E nas classes sociais, as taxas também são expressivas: de 35% na classe B a 59% na classe E.

Um fato que chamou a atenção foi que, entre os adolescentes, não existem grandes diferenças nas taxas de abstinência. Os dados mostraram que 66% dos adolescentes não bebem (64% dos meninos, 68% das meninas). Apesar das altas taxas de abstinência nesse grupo, a falta de diferenças entre meninos e meninas chama a atenção. Novos estudos poderão fornecer informações a esse respeito e especialmente mostrar se as mudanças nessas taxas causarão maiores problemas na população jovem.

2. Para avaliar como os brasileiros bebem, foram utilizadas duas variáveis importantes: a frequência e a quantidade do beber. Essas variáveis compõem o padrão do beber de uma população e é uma forma já consagrada na literatura internacional. Juntando essas duas variáveis, de frequência e quantidade, e criando um padrão que leva em conta esses dois componentes, obtém-se um resumo do padrão do beber brasileiro, em que 48% são abstinentes, 24% bebem frequentemente ou frequentemente e pesado e 29% são bebedores pouco frequentes e não fazem uso pesado de bebidas alcoólicas.

Este resumo afasta a visão simplista de que todo mundo bebe um pouco. Metade da população não bebe; 9% bebe com um padrão perigoso, 15% em padrão potencialmente perigoso e somente 29% bebe com um padrão relativamente seguro.

3. Os tipos de bebida consumida acabam confirmando os padrões descritos acima. A cerveja é a bebida nacional. Ela é ingerida preferencialmente por ambos os gêneros e em todas as idades, regiões e classes sociais. Já os destilados são consumidos predominantemente nas Regiões Norte (18%) e Nordeste (20%), assim como pelos homens (17%). Esse consumo é compatível com os dados anteriores, que mostram o predomínio de maiores quantidades nessas regiões e pelos homens. No geral, pessoas que tendem a consumir maiores quantidades, buscam o consumo de bebidas com graduação alcoólica mais elevada. Já entre as mulheres, 34% consomem vinho, que é compatível com um padrão mais moderado.

4. Grande parte dos que bebem já se excedeu uma ou várias vezes, criando situações de alto risco. Os dados, especialmente os que se referem ao consumo em binge, sugerem que o contingente de bebedores moderados é, na verdade, uma minoria quando comparado ao dos abstinentes e ao dos bebedores com maior risco de problemas, incluindo os que fazem uso nocivo e os dependentes de álcool. Chamou a atenção o fato de que os que beberam na forma de binge foram mais frequentes do que aqueles que não consumiram álcool nessa forma (28% beberam na forma de binge no último ano e 24% não). Entre os homens que RELATÓRIO BRASILEIRO SOBRE DROGAS 94 bebem, a maioria consome na forma de binge (40%) e somente 25% dos homens não consome dessa forma. A frequência pela qual esse fenômeno ocorre é comum: mais de 20% dos que bebem em binge o fazem pelo menos 1 vez por semana. Do ponto de vista da saúde pú- blica, é importante notar que esse tipo de beber ocorre com mais frequência entre os jovens. Cerca de 40% dos jovens da faixa etária de 18 a 34 anos bebeu na forma de binge e somente 23% não consumiu dessa forma. Vários estudos internacionais demonstraram que esse tipo de consumo está altamente relacionado a problemas.

 5. Dos grupos populacionais, os adolescentes são os que apresentam os maiores riscos em relação ao beber. No mundo todo existe uma preocupação especial com esse grupo e a monitoração das taxas de padrão de beber é uma das medidas mais importantes a serem desenvolvidas. Não existe um padrão de beber de baixo risco entre os adolescentes, pois as evidências mostram que nessa faixa da população mesmo o baixo consumo está relacionado com alto risco de acidentes. No presente estudo encontrou-se uma alta frequência de adolescentes (9%) que bebem mais do que 1 vez por semana (12% meninos e 6% meninas). Embora, como mencionado anteriormente, os adolescentes também apresentem alta taxa de abstinência, ocorre uma situação na qual os que bebem têm a tendência de beber de uma forma problemática. São raros os que conseguem beber pouco e com baixa frequência.

6. Quando se comparam jovens de 18 a 25 anos com os adolescentes, as diferenças são significativas quanto à idade de experimentação e do uso regular. No início do consumo, os adolescentes começaram aos 13,9 anos de idade e os adultos jovens aos 15,3 anos. O uso regular pelos adolescentes começou aos 14,6 anos e pelos adultos jovens aos 17,3 anos. Isto sugere que os adolescentes estão iniciando o consumo de álcool cada vez mais cedo. Entretanto, esses dados devem ser interpretados com cautela, pois as taxas de abstinentes entre adolescentes são maiores do que entre adultos. Nesse sentido, mais adolescentes poderão iniciar o consumo de álcool mais tarde, aumentando a idade média de início nesse grupo. Vale a pena ressaltar também que não houve diferenças entre os gêneros quanto à idade de início e ao padrão de consumo entre os adolescentes.

7. Este estudo trouxe informações importantes sobre os problemas relacionados com o beber. Mostrou que cerca da metade dos que bebem apresentam problemas. Os homens apresentaram mais problemas com o álcool, com 58% deles relatando ter tido pelo menos um problema. Os bebedores com problemas diminuem com a idade, passando de 53% na faixa dos 18 a 24 anos para 35% no grupo com mais de 60 anos. Um número maior de moradores do Centro-Oeste informou ter tido pelo menos um problema (57%), ao passo que no Sul foram 35%. Os problemas físicos aparecem como os mais citados por todos os segmentos. Do total de entrevistados, 38% disseram ter problemas físicos decorrentes do álcool. Os problemas familiares vêm em segundo lugar, citados por 18% dos entrevistados. Problemas com violência foram mencionados por 23% da população mais jovem, de 18 a 24 anos. O que esses dados mostram é que o consumo de álcool é muito mais associado com problemas do que se poderia pensar."
http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/infanciahome_c/dr_drogadicao/dr_outros_drogadicao/plano_enfrentamento/pevb_levantamentos/relatorio%20uso%20drogas%20no%20brasil_senad.pdf )

"o ÁLCOOL não tem NENHUM  benefício à saúde.  De todas as bebidas alcoolicas, apenas o vinho TINTO tem benefícios, mas não por causa do alcool, mas por causa do resveratrol (um polifenol) que está presente também na casca e no sulco da uva. Mas no caso do vinho em excesso este causa dano por causa do alcool"

https://www.youtube.com/watch?v=OILVLufCVGw



https://www.youtube.com/watch?v=OILVLufCVGw

Respostas aos vídeos:
  • O texto de Habacuque condena não o ato de se dispor de bebida alcoolica mas a má intenção de se embriagar uma pessoa,  tendo ainda como agravante uma finalidade malígna. Habacuque2:15 ¶ Ai daquele que dá de beber ao seu companheiro, misturando à bebida o seu furor, e que o embebeda para lhe contemplar as vergonhas!  Para ver a discussão completa sobre o milagre de Jesus, veja o estudo abaixo.
  • Pv 20:1; 23:20,31 Ef 5:18 são apenas advertências contra o vício e embriaguez, confira abaixo no estudo.
  • EX 20 não pode ser suado como proibição ao uso de vinho, pois o vinho tinto , em uso diário e moderado, pelo contrário prolonga a vida!!!
  • è fato que o termo vinho pode se referir ao suco de uva,Is 65:8 embora na maior parte das passagens, não. Ver estudo
  • A interpretação de que a bíblia proíbe o uso de vinho fermentado ou o uso de bebidas alcoolicas moderadamente fere a própria bíblia, os fatos históricos.Dt 14: 26  Esse dinheiro, dá-lo-ás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, ou ovelhas, ou vinho, ou bebida forte, ou qualquer coisa que te pedir a tua alma; come-o ali perante o SENHOR, teu Deus, e te alegrarás, tu e a tua casa;Veja abaixo


Estudo sobre Álcool e bebidas fortes:

1- O estudo das palavras hebraicas e gregas mostra que até mesmo o vinho novo[mosto, suco] por entrar rapidamente em processo de fermentação poderia ter teor alcoólico considerável e assim se consumido em excesso ser possível se embriagar

Os 4:11  A sensualidade, o vinho(yayn) e o mosto(tiyrosh) tiram o entendimento.
Léxico de Strong:
yayin (hebraico)
procedente de uma raiz não utilizada significando efervescer, grego 3631 oinov; DITAT-864; n m 
1) vinho

tiyrowsh ou vryt tiyrosh (hebraico)
procedente de 03423 no sentido de expulsão; DITAT-2505; n. m. 
1) vinho, vinho fresco ou novo, mosto, vinho recém espremido 

" tyrosh (hebraico)- vinho novo que é seu significado real. Era referencia ao suco de uva comparativamente fresco, que não estava completamente envelhecido ...Referências á tirosh indicam que quando usado de modo incontinente era inebriante...Os 4:11" (Enciclopédia Cultura Cristã, p. 1140) Is 49:26

"shakar(hebraico)- esta palavra normalmente traduzida como bebida forte é de uma raiz que significa estar ou ficar bêbado. Esta palavra é usada para denotar qualquer bebida intoxicante feita de qualquer fruta ou grão, e no período antigo incluía o vinho (Nm 28:7; 28:14)...Is 5:11) Idem p. 1140)

"oinos (grego)-1- vinho; p.ex. oinos neos, vinho novo, não ainda completamente fermentado e amadurecido, Mt 9:17 (Léxico grego do Novo Testamento, Edward Robinson, CPAD)

"o termo vinho novo, não indicava o vinho que ainda não fermentou, pois de fato o processo de fermentação tem início quase imediatamente, e é rápido...( O novo dicionário da Bíblia- edição em 1 volume p. 1664, Ed. Vida Nova)

Ou seja, mesmo o vinho novo já era parcialmente fermentado, ou seja, alcoólico


2- Proibições do uso de vinho:
a- Nazireus enquanto durasse o voto
Números 6:3  abster-se-á de vinho(yayn) e de bebida forte; não beberá vinagre de vinho, nem vinagre de bebida forte, nem tomará beberagens de uvas, nem comerá uvas frescas nem secas.
Números 6:3  abster-se-á de vinho(yayn) e de bebida forte; não beberá vinagre de vinho, nem vinagre de bebida forte, nem tomará beberagens de uvas, nem comerá uvas frescas nem secas.

Números 6:20  O sacerdote os moverá em oferta movida perante o SENHOR; isto é santo para o sacerdote, juntamente com o peito da oferta movida e com a coxa da oferta; depois disto, o nazireu pode beber vinho.



b- Sacerdote ao Ministrar

Levítico 10:9  Vinho(yayn) ou bebida forte tu e teus filhos não bebereis quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso entre as vossas gerações,
Ezequiel 44:21  Nenhum sacerdote beberá vinho quando entrar no átrio interior.


3- Exemplos de pessoas vencidas pelo vinho

Gênesis 9:21  Bebendo do vinho(yayn), embriagou-se e se pôs nu dentro de sua tenda.
Gênesis 19:32  Vem, façamo-lo beber vinho (yayn), deitemo-nos com ele e conservemos a descendência de nosso pai.
Gênesis 19:33  Naquela noite, pois, deram a beber vinho a seu pai, e, entrando a primogênita, se deitou com ele, sem que ele o notasse, nem quando ela se deitou, nem quando se levantou.
1Sm 25:36 ¶ Voltou Abigail a Nabal. Eis que ele fazia em casa um banquete, como banquete de rei; o seu coração estava alegre, e ele, já mui embriagado, pelo que não lhe referiu ela coisa alguma, nem pouco nem muito, até ao amanhecer.37  Pela manhã, estando Nabal já livre do vinho, sua mulher lhe deu a entender aquelas coisas; e se amorteceu nele o coração, e ficou ele como pedra.
2 Samuel 13:28  Absalão deu ordem aos seus moços, dizendo: Tomai sentido; quando o coração de Amnom estiver alegre de vinho, e eu vos disser: Feri a Amnom, então, o matareis. Não temais, pois não sou eu quem vo-lo ordena? Sede fortes e valentes.
2sm 11:13  Davi o convidou, e comeu e bebeu diante dele, e o embebedou; à tarde, saiu Urias a deitar-se na sua cama, com os servos de seu senhor; porém não desceu a sua casa.
1 Rs 20:16  Saíram ao meio-dia. Ben-Hadade, porém, estava bebendo e embriagando-se nas tendas, ele e os reis, os trinta e dois reis que o ajudavam

Ester 1:10 ¶ Ao sétimo dia, estando já o coração do rei alegre do vinho, mandou a Meumã, Bizta, Harbona, Bigtá, Abagta, Zetar e Carcas, os sete eunucos que serviam na presença do rei Assuero,

11  que introduzissem à presença do rei a rainha Vasti, com a coroa real, para mostrar aos povos e aos príncipes a formosura dela, pois era em extremo formosa.
Oséias 7:5  No dia da festa do nosso rei, os príncipes se tornaram doentes com o excitamento do vinho, e ele deu a mão aos escarnecedores.
Isaías 28:7  Mas também estes cambaleiam por causa do vinho e não podem ter-se em pé por causa da bebida forte; o sacerdote e o profeta cambaleiam por causa da bebida forte, são vencidos pelo vinho, não podem ter-se em pé por causa da bebida forte; erram na visão, tropeçam no juízo.

4- Advertências contra o vício do álcool e seu abuso
Observação: Se os textos abaixo  tratassem de suco de uva não fermentado, não seria preciso trazer advertências!! analise com reflexão!!!
Provérbios 20:1  O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; todo aquele que por eles é vencido não é sábio.
Provérbios 21:17  Quem ama os prazeres empobrecerá, quem ama o vinho e o azeite jamais enriquecerá.
Provérbios 23:20  Não estejas entre os bebedores de vinho nem entre os comilões de carne.
Provérbios 23:30  Para os que se demoram em beber vinho, para os que andam buscando bebida misturada.
Provérbios 23:31  Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente.
Provérbios 31:4  Não é próprio dos reis, ó Lemuel, não é próprio dos reis beber vinho, nem dos príncipes desejar bebida forte.
Isaías 5:22  Ai dos que são heróis para beber vinho e valentes para misturar bebida forte,
Isaías 28:1  Ai da soberba coroa dos bêbados de Efraim e da flor caduca da sua gloriosa formosura que está sobre a parte alta do fertilíssimo vale dos vencidos do vinho!
Isaías 22:13  Porém é só gozo e alegria que se vêem; matam-se bois, degolam-se ovelhas, come-se carne, bebe-se vinho e se diz: Comamos e bebamos, que amanhã morreremos.
Isaías 28:7  Mas também estes cambaleiam por causa do vinho e não podem ter-se em pé por causa da bebida forte; o sacerdote e o profeta cambaleiam por causa da bebida forte, são vencidos pelo vinho, não podem ter-se em pé por causa da bebida forte; erram na visão, tropeçam no juízo.
Isaías 56:12  Vinde, dizem eles, trarei vinho, e nos encharcaremos de bebida forte; o dia de amanhã será como este e ainda maior e mais famoso.
Jeremias 23:9  Acerca dos profetas. O meu coração está quebrantado dentro de mim; todos os meus ossos estremecem; sou como homem embriagado e como homem vencido pelo vinho, por causa do SENHOR e por causa das suas santas palavras.
Oséias 4:11  A sensualidade, o vinho e o mosto tiram o entendimento.
Oséias 7:5  No dia da festa do nosso rei, os príncipes se tornaram doentes com o excitamento do vinho, e ele deu a mão aos escarnecedores.
Joel 3:3  Lançaram sortes sobre o meu povo, e deram meninos por meretrizes, e venderam meninas por vinho, que beberam.
Habacuque 2:5  Assim como o vinho é enganoso, tampouco permanece o arrogante, cuja gananciosa boca se escancara como o sepulcro e é como a morte, que não se farta; ele ajunta para si todas as nações e congrega todos os povos.
Sofonias 1:12  Naquele tempo, esquadrinharei a Jerusalém com lanternas e castigarei os homens que estão apegados à borra do vinho e dizem no seu coração: O SENHOR não faz bem, nem faz mal.
Efésios 5:18  E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito,
1 Timóteo 3:3  não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento;
1 Timóteo 3:8  Semelhantemente, quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de uma só palavra, não inclinados a muito vinho, não cobiçosos de sórdida ganância,
Tito 1:7  Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível como despenseiro de Deus, não arrogante, não irascível, não dado ao vinho, nem violento, nem cobiçoso de torpe ganância;
Tito 2:3  Quanto às mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias em seu proceder, não caluniadoras, não escravizadas a muito vinho; sejam mestras do bem,
Romanos 13:13  Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes;
Gálatas 5:21  invejas, bebedices, orgias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.
1 Pedro 4:3  Porque basta o tempo decorrido para terdes executado a vontade dos gentios, tendo andado em dissoluções, concupiscências, borracheiras, orgias, bebedices e em detestáveis idolatrias.
Lucas 12:45  Mas, se aquele servo disser consigo mesmo: Meu senhor tarda em vir, e passar a espancar os criados e as criadas, a comer, a beber e a embriagar-se,

5- Situações Especiais
A bíblia recomenda a abstinência em situações que possam induzir outras pessoas a cair em estado de dependência ou embriaguez. 

Romanos 14:20  Não destruas a obra de Deus por causa da comida. Todas as coisas, na verdade, são limpas, mas é mau para o homem o comer com escândalo.
Romanos 14:21  É bom não comer carne, nem beber vinho, nem fazer qualquer outra coisa com que teu irmão venha a tropeçar
o texto abaixo fala sobre comida oferecida aos ídolos, mas seu princípio é  o mesmo:
1 Coríntios 8:8  Não é a comida que nos recomendará a Deus, pois nada perderemos, se não comermos, e nada ganharemos, se comermos.
1 Coríntios 8:9  Vede, porém, que esta vossa liberdade não venha, de algum modo, a ser tropeço para os fracos.
1 Coríntios 8:10  Porque, se alguém te vir a ti, que és dotado de saber, à mesa, em templo de ídolo, não será a consciência do que é fraco induzida a participar de comidas sacrificadas a ídolos?
1 Coríntios 8:11  E assim, por causa do teu saber, perece o irmão fraco, pelo qual Cristo morreu.
1 Coríntios 8:12  E deste modo, pecando contra os irmãos, golpeando-lhes a consciência fraca, é contra Cristo que pecais.
1 Coríntios 8:13  E, por isso, se a comida serve de escândalo a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que não venha a escandalizá-lo.


6- Observações culturais
  • É fato que os judeus, como relatado no Talmude (Shabbath 77a; Pesahim 1086) misturavam o vinho em água,  diminuindo assim a concentração de álcool comprovando mais uma vez o fato de que os judeus utilizavam o vinho fermentadoCertos rabinos insistiam que, se o vinho fermentado não fosse misturado com três partes de água, não podia ser abençoado e contaminaria quem o bebesse. (Niddah 2 7; Pessachim 108b; Berakhoth 7 5).
  • Ap 14:10 cita a prática corrente de misturar vinho com água " também esse beberá do vinho da cólera de Deus, preparado, sem mistura, do cálice da sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre, diante dos santos anjos e na presença do Cordeiro.'
  • É lógico que se consumido em grandes quantidades levaria também à embriaguez
  • Isso era costume também em outros povos como romanos e gregos:
"Mistura-se água e vinho nas crateras" ( Odisséia- livro 1 v. 85)
"Quando bebiam desse rubro vinho doce como o mel, despejando uma taça cheia em vinte medidas de água( Odisséia, IX 208ss.)

"Em kraters como este, os gregos misturavam vinho e água do mar ou água e especiarias. O vinho era diluído na proporção de 2:3 ou 1:3, segundo o Oxford Companion to Wine, e o grau alcoólico deveria variar entre 3% e 6%. Na Roma Antiga, como também na Grécia, cabia ao anfitrião decidir os níveis de diluição do vinho. Quanto mais divertida e festiva a ceia ou banquete, menos água os escravos deviam despejar nos kalyx-krater ."Para os romanos, beber vinho puro era coisa de bárbaros, principalmente dos celtas ou gauleses, beberrões inveterados. O historiador grego Diodoro da Sicília (80- 20 a .C.) condena o fato de que eles tomavam vinho sem misturá-lo com água, conforme o costume da época. Apreciavam tanto, que eram capazes de dar um escravo por uma jarra de vinho!" http://www.adegavinhos.com.br/guiaListaArtigos010.asp

 Plutarco (Symposíacas, III.ix) declara: “Chamamos vinho diluído, embora o maior componente seja a água”. Plínio (História Natural, XIV.6.54) menciona uma proporção de oito partes de água para uma de vinho.


7-Conclusões
  • Os judeus e cristãos utilizavam vinho fermentado.
  • Esse vinho fermentado era utilizado na forma diluída, diminuindo seu poder de embriagues
  • A bíblia não proíbe a utilização de bebidas alcoólicas  porém faz várias advertências sobre seu uso e seus perigos, tanto no Novo como no Antigo Tetamento
  • "Também há uma consciência constante do perigo da incontinência do uso do vinho e isto é denunciado como pecaminoso (pv 20:1; 23:29-35; Is 5:11,22; 28:7,8; Os 4:11).Aparentemente o principio a ser seguido, quanto ao uso do vinho, é o de moderação, considerando a norma de conduta de Paulo formulada em 1 Co 8:8-13 e Rm 14:13-21) (idem p. 1141)
  • Havia entre os Cristãos os abstêmios, como foi o caso de Timóteo 1 Timóteo 5:23  Não continues a beber somente água; usa um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas freqüentes enfermidades. 
  • Ingerir bebida alcoólica em pequenas quantidades em si não é pecado, porém por causa da fraqueza de certos indivíduos e mesmo para evitar deslizes seria melhor não fazer uso de bebidas alcoólicas.
  • "o ÁLCOOL não tem NENHUM  benefício à saúde.  De todas as bebidas alcoolicas, apenas o vinho TINTO tem benefícios, mas não por causa do alcool, mas por causa do resveratrol (um polifenol) que está presente também na casca e no sulco da uva. Mas no caso do vinho em excesso este causa dano por causa do alcool"
  • Uma pergunta importante aos cristãos que optarem a beber (moderadamente) seria: 
por que estou bebendo??? moda, stress, tristeza, esquecer problemas, sentir bem, ser aceito culturalmente, etc.


Apêndice
O vinho que Jesus fez era fermentado?
Os que defendem que Jesus fez apenas suco de uvas dizem que:
  • Se Jesus tivesse feito vinho fermentado ele teria violado Habacuque2:15 ¶ Ai daquele que dá de beber ao seu companheiro, misturando à bebida o seu furor, e que o embebeda para lhe contemplar as vergonhas!
  • Teria também incentivado a embriagues
  • Jesus o fez na hora. No primeiro momento em que o vinho daquela época era produzido, ele era suco. Somente após um processo de envelhecimento e de fermentação é que se tornava alcoólico.
  • Essas pessoas, após já terem bebido muito, receberam mais umas centenas de litros. Jesus jamais incentivou os pecados do homem, tampouco contribuiu para eles.

Respostas:
  • O texto de Habacuque condena não o ato de se dispor de bebida alcoólica mas a má intenção de se embriagar uma pessoa,  tendo ainda como agravante uma finalidade malígna. Vimos exemplos disso acima como no caso das filhas de Ló e do filho de Salomão
  • Era costume nos casamentos se usar vinho fermentado (servido na forma diluída), o mestre sala estava encarregado de provar o vinho para atestar sua qualidade
  • A quantidade de vinho feita por Jesus não é problema, pois não sabemos o número de pessoas presentes, também o vinho que eventualmente sobrasse poderia ser consumido depois, mesmo na forma diluída, como de costume.Além disso "Ás vezes, as festas de casamento duravam uma semana inteira (Gn 29:27; Jz 14:15; Tobiasb 9:12; 10:1) (Vincent- Estudo no vocabulário grego no Novo Testamentop 64, CPAD)  Ver também (Cementário Vida Nova do livro de João- F.F. Bruce)
  • O texto não diz que eles (as pessoas que estavam na festa que Jesus estava) já tinham (methuo)bebido fartamente(ou estavam embriagados).O texto apenas menciona o fato que nas festas usuais serve-se o melhor vinho (fermentado) até que as pessoas bebessem fartamente(embriagassem) e depois serviam o inferior, mas o fato é que o vinho havia acabado!!! 
  • methuo."o mestre sala quer dizer que, quando o paladar fica menos sensível por causa da indulgencia, é oferecido um vinho de qualidade inferior.Em todas as instancias do uso da palavra no novo testamento seu sentido é intoxicação"(Vincent vol. 2, Estudo no vocabulário grego no novo testamento, CPAD, p.66) ou seja, NAS OCASIÕES DE CASAMETNE SE USAVA VINHO FERMENTADO!!!
  • O fato de Jesus ter feito vinho instantaneamente não implica necessariamente que ele fez suco não fermentado, pois apenas de maneira natural o vinho fermenta-se com o tempo; mas lai se trata de algo sobrenatural, caso contrário não seria milagre. Jesus poderia ter feito tanto suco não fermentado como o vinho já fermentado!! 
  • Se Jesus tivesse feito suco de uva ao invés de vinho teria causado um transtorno na festa, visto este não ser o costume judaico em tais cerimônias
  • Jesus não pode ser acusado de ter incentivado a embriaguez pois nunca falou contra as advertências do Antigo Testamento citadas acima.
  • Jesus também não pode ser acusado de contribuir para o pecado da embriaguez  tendo em vista o mesmo motivo citado acima. Se pensarmos assim ele teria incentivado o povo a pecar ao dizer que eles poderiam fazer uso de bebida forte, o que seria um contra senso,  visto as inúmeras advertências do Antigo Testamento. É completamente inútil afirmar que a bebida forte não tinha álcool- ver acima!
Dt14:24  Quando o caminho te for comprido demais, que os não possas levar, por estar longe de ti o lugar que o SENHOR, teu Deus, escolher para ali pôr o seu nome, quando o SENHOR, teu Deus, te tiver abençoado,
25  então, vende-os, e leva o dinheiro na tua mão, e vai ao lugar que o SENHOR, teu Deus, escolher.
26  Esse dinheiro, dá-lo-ás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, ou ovelhas, ou vinho, ou bebida forte, ou qualquer coisa que te pedir a tua alma; come-o ali perante o SENHOR, teu Deus, e te alegrarás, tu e a tua casa;


João 2:1 ¶ Três dias depois, houve um casamento em Caná da Galiléia, achando-se ali a mãe de Jesus.
2  Jesus também foi convidado, com os seus discípulos, para o casamento.
3  Tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Eles não têm mais vinho.
4  Mas Jesus lhe disse: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora.
5  Então, ela falou aos serventes: Fazei tudo o que ele vos disser.
6  Estavam ali seis talhas de pedra, que os judeus usavam para as purificações, e cada uma levava duas ou três metretas.
7  Jesus lhes disse: Enchei de água as talhas. E eles as encheram totalmente.
8  Então, lhes determinou: Tirai agora e levai ao mestre-sala. Eles o fizeram.
9  Tendo o mestre-sala provado a água transformada em vinho (não sabendo donde viera, se bem que o sabiam os serventes que haviam tirado a água), chamou o noivo
10  e lhe disse: Todos costumam pôr primeiro o bom vinho e, quando já beberam fartamente (methuo), servem o inferior; tu, porém, guardaste o bom vinho até agora.

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TUDO SOBRE O ÁLCOOL
"Definição
O álcool presente nas bebidas alcoólicas é o etanol, produzido pela fermentação ou destilação de vegetais - como a cana-de-açúcar e também de frutas e grãos. No Brasil, há uma grande diversidade de bebidas alcoólicas, cada tipo com quantidade diferente de álcool em sua composição. 
É uma substância depressora do Sistema nervoso central, obtida a partir da fermentação ou destilação de cereais, raízes e frutas. O álcool, principalmente por ser uma substância lícita, está presente em quase todas as culturas e participa do cotidiano e de vários rituais da humanidade. 
Histórico
Registros arqueológicos revelam que os primeiros indícios sobre o consumo de álcool pelo ser humano datam de aproximadamente 6000 anos a.C., sendo, portanto, um costume extremamente antigo e que tem persistido por milhares de anos. A noção de álcool como uma substância divina, por exemplo, pode ser encontrada em inúmeros casos na mitologia, sendo talvez um dos fatores responsáveis pela manutenção do hábito de beber, ao longo do tempo.  
Inicialmente, as bebidas tinham conteúdo alcoólico relativamente baixo, como, o vinho e a cerveja, já que dependiam exclusivamente do processo de fermentação. Com o advento do processo de destilação, introduzido na Europa pelos árabes na Idade Média, surgiram novos tipos de bebidas alcoólicas, que passaram a ser utilizadas em sua forma destilada. Nessa época, esse tipo de bebida passou a ser considerado um remédio para todas as doenças, pois “dissipavam as preocupações mais rapidamente que o vinho e a cerveja, além de produzirem um alívio eficiente da dor”, surgindo, então, a palavra uísque (do gálico usquebaugh, que significa “água da vida”).
A partir da Revolução Industrial, registrou-se grande aumento na oferta desse tipo de bebida, contribuindo para um maior consumo e, consequentemente, gerando aumento no número de pessoas que passaram a apresentar algum tipo de problema decorrente do uso excessivo de álcool.
Mecanismo de Ação     
Apesar do desconhecimento por parte da maioria das pessoas, o álcool também é considerado uma droga psicotrópica, pois atua no sistema nervoso central, provocando mudança no comportamento de quem o consome, além de ter potencial para desenvolver dependência.
O álcool é uma das poucas drogas psicotrópicas que tem seu consumo admitido e até incentivado pela sociedade. Esse é um dos motivos pelos quais ele é encarado de forma diferenciada, quando comparado com as demais drogas. Apesar de sua ampla aceitação social, o consumo de bebidas alcoólicas, quando excessivo, passa a ser um problema.
Além dos inúmeros acidentes de trânsito e da violência associada a episódios de embriaguez, o consumo de álcool a longo prazo, dependendo da dose, frequência e circunstâncias, pode provocar um quadro de dependência conhecido como alcoolismo. Dessa forma, o consumo inadequado do álcool é um importante problema de saúde pública, especialmente nas sociedades ocidentais, acarretando custos para a sociedade e envolvendo questões médicas, psicológicas, profissionais e familiares.
Efeitos no Organismo
A ingestão de álcool provoca diversos efeitos, que aparecem em duas fases distintas: uma estimulante e outra depressora. Nos primeiros momentos após a ingestão de álcool, podem aparecer os efeitos estimulantes, como euforia, desinibição e loquacidade (maior facilidade para falar). Com o passar do tempo, começam a surgir os efeitos depressores, como falta de coordenação motora, descontrole e sono. Quando o consumo é muito exagerado, o efeito depressor fica exacerbado, podendo até mesmo provocar o estado de coma. 
Os efeitos do álcool variam de intensidade de acordo com as características pessoais. Por exemplo, uma pessoa acostumada a consumir bebidas alcoólicas sentirá os efeitos do álcool com menor intensidade, quando comparada a outra que não está acostumada a beber. Outro exemplo está relacionado à estrutura física: a pessoa com estrutura física de grande porte terá maior resistência aos efeitos do álcool.
O consumo de bebidas alcoólicas também pode desencadear alguns efeitos desagradáveis, como enrubecimento da face, dor de cabeça e mal-estar geral. Esses efeitos são mais intensos para algumas pessoas cujo organismo tem dificuldade de metabolizar o álcool. Os orientais, em geral, têm maior probabilidade de sentir esses efeitos.
Consequências Negativas
Os indivíduos dependentes do álcool podem desenvolver várias doenças. As mais frequentes são as relacionadas ao fígado (esteatose hepática, hepatite alcoólica e cirrose). Também são frequentes problemas do aparelho digestivo (gastrite, síndrome de má absorção e pancreatite) e do sistema cardiovascular (hipertensão e problemas cardíacos). Há, ainda, casos de polineurite alcoólica, caracterizada por dor, formigamento e cãibras nos membros inferiores.
Consumo no Brasil
Levantamento realizado em 2007 investigou os Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira. O estudo foi realizado em 143 municípios do País e detectou que 52% dos brasileiros acima de 18 anos faz uso de bebida alcoólica pelo menos uma vez ao ano. Do conjunto dos homens adultos, 11% bebem todos os dias e 28 % de 1 a 4 vezes por semana.
Quanto à intensidade do consumo de bebidas alcoólicas, 24% da população bebe frequentemente e pesado (pelo menos uma vez por semana, 5 ou mais doses) e 29% são bebedores pouco frequentes e não fazem uso pesado.  
Álcool e Trânsito
A ingestão de álcool, mesmo em pequenas quantidades, diminui a coordenação motora e os reflexos, comprometendo a capacidade de dirigir veículos ou operar outras máquinas. Pesquisas revelam que grande parte dos acidentes é provocada por motoristas que haviam bebido antes de dirigir.
Alcoolismo
Como já citado neste texto, a pessoa que consome bebidas alcoólicas de forma excessiva, ao longo do tempo, pode desenvolver dependência, condição conhecida como alcoolismo. Os fatores que podem levar ao alcoolismo são variados, envolvendo aspectos de origem biológica, psicológica e sociocultural. A dependência do álcool é condição frequente, atingindo cerca de 10% da população adulta brasileira.
A transição do beber moderado ao beber problemático ocorre de forma lenta, tendo uma interface que, em geral, leva vários anos. 
Alguns sinais da dependência do álcool são: 
  • desenvolvimento da tolerância, ou seja, a necessidade de beber maiores quantidades de álcool para obter os mesmos efeitos; 
  • aumento da importância do álcool na vida da pessoa; 
  • percepção do “grande desejo” de beber e da falta de controle em relação a quando parar; 
  • síndrome de abstinência (aparecimento de sintomas desagradáveis após ter ficado algumas horas sem beber) 
  • e aumento da ingestão de álcool para aliviar essa síndrome.

A síndrome de abstinência do álcool é um quadro que aparece pela redução ou parada brusca da ingestão de bebidas alcoólicas, após um período de consumo crônico. A síndrome tem início 6 a 8 horas após a parada da ingestão de álcool, sendo caracterizada por tremor das mãos, acompanhado de distúrbios gastrintestinais, distúrbios do sono e estado de inquietação geral (abstinência leve).
Cerca de 5% dos que entram em abstinência leve evoluem para a síndrome de abstinência grave ou delirium tremens que, além da acentuação dos sinais e sintomas anteriormente referidos, se caracteriza por tremores generalizados, agitação intensa e desorientação no tempo e no espaço.
Durante a Gravidez
O consumo de bebidas alcoólicas durante a gestação pode trazer consequências para o recém-nascido, e, quanto maior o consumo, maior o risco de prejudicar o feto. Dessa forma, é recomendável que toda gestante evite o consumo de bebidas alcoólicas, não só ao longo da gestação, como também durante todo o período de amamentação, pois o álcool pode passar para o bebê através do leite materno.
Cerca de um terço dos bebês de mães dependentes do álcool, que fizeram uso excessivo dessa droga durante a gravidez, é afetado pela “síndrome fetal pelo álcool”. Os recém-nascidos apresentam sinais de irritação, mamam e dormem pouco, além de apresentarem tremores (sintomas que lembram a síndrome de abstinência). As crianças gravemente afetadas, e que conseguem sobreviver aos primeiros momentos de vida, podem apresentar problemas físicos e mentais que variam de intensidade de acordo com a gravidade do caso.
Esse uso de bebida alcoólica ocorre há pelo menos oito mil anos. Sempre se teve conhecimento dos seus possíveis malefícios e, periodicamente, o álcool sofria restrições ao seu uso, desde o início do Cristianismo. Contudo, foi somente em 1966 que a Associação Médica Americana (AMA) passou a considerar o alcoolismo como doença e em 1988 que incluiu as dependências de outras drogas como condições médicas passíveis de tratamento.
O americano Benjamin Rush, cientista do século XIX, considerava que o “beber começa como um ato de liberdade caminha para o hábito e afunda na necessidade”. Já Thomas Trotte, da Grã-Bretanha, afirmava que “a embriaguez é uma doença da mente”. O sueco Magnus Huss, em 1849, foi o primeiro a introduzir o conceito de “alcoolismo crônico” como doença, descrevendo suas complicações físicas." (OBSERVATÓRIO BRASILEIRO DE INFORMAÇÃO SOBRE DROGAS- OBID)


Doenças :: ALCOOLISMO  
Prof. Dr. Mario Rodrigues Louzã Neto
Saúde Mental, Psiquiatria e Psicanálise
O uso de bebidas alcoólicas é tão antigo quanto a própria Humanidade. Beber moderada e esporadicamente faz parte dos hábitos de diversas sociedades. Determinar o limite entre o beber social, o uso abusivo ou nocivo de álcool e o alcoolismo (síndrome de dependência do álcool) é por vezes difícil, pois esses limites são tênues, variam de pessoa para pessoa e de cultura para cultura. 
Estima-se que cerca de 10% das mulheres e 20% dos homens façam uso abusivo do álcool; 5% das mulheres e 10% dos homens apresentam a síndrome de dependência do álcool ou alcoolismo. Sabe-se também que o álcool está relacionado a 50% dos casos de morte em acidentes automobilísticos, 50% dos homicídios e 25% dos suicídios. Freqüentemente pessoas portadoras de outras doenças mentais (p. ex., ansiedade, pânico, fobias, depressão) apresentam também problemas relacionados ao uso de álcool.
Para compreender melhor os problemas relacionados ao alcoolismo é importante saber de algumas definições:
Intoxicação aguda: é a condição que ocorre após a ingestão de bebidas alcoólicas. É conhecida com os mais variados nomes: embriaguez, bebedeira e outros tantos. O grau de intoxicação depende do tipo e da quantidade de bebida ingerida, da condição física da pessoa, da rapidez da ingestão, se a pessoa está ou não em jejum. As alterações do comportamento observadas na pessoa alcoolizada se relacionam ao nível de álcool no sangue (este é medido com aparelhos como p. ex. o "bafômetro").
Uso nocivo ou abusivo: Caracteriza-se por uma ingestão de bebida alcoólica que causa algum tipo de prejuízo para a pessoa. Pode ser físico, mental, familiar, profissional ou social.
Síndrome de dependência: Nesta situação a bebida alcoólica se torna uma prioridade para o individuo, em detrimento de outras atividades cotidianas. Caracteriza-se por um desejo descontrolado, irresistível de consumir bebidas alcoólicas. A pessoa também perde o controle do consumo, bebendo quantidades exageradas e freqüentemente. Se o consumo diminuir ou interromper subitamente aparecem sintomas físicos e psíquicos de abstinência, ou seja, da falta do álcool. A síndrome de abstinência caracteriza-se por tremores, sudorese, aumento da pulsação, náuseas, insônia, agitação, ansiedade; em casos mais graves podem ocorrer convulsões e o delirium tremens (além dos sintomas descritos, a pessoa fica confusa, começa a ter alucinações, em geral 'visões' de bichos nas paredes ou andando pelo corpo). Com o consumo continuo do álcool desenvolve-se a tolerância, caracterizada pela necessidade de consumir doses crescentes de bebida alcoólica para obtenção de efeitos que originalmente eram obtidos com doses mais baixas. Há um abandono progressivo de interesses, atividades ou prazeres, ficando a vida cada vez mais concentrada na bebida. A maior parte do tempo da pessoa é ocupada com a busca, o consumo da bebida ou a recuperação de seus efeitos. A pessoa continua bebendo apesar das evidencias claras dos prejuízos físicos, psicológicos, familiares e sociais que vem sofrendo.
Detecção
Alguns questionários práticos foram desenvolvidos para ajudar a levantar a suspeita de problemas com o álcool. O mais simples deles é conhecido como CAGE (sigla em inglês, que se refere a palavras das perguntas que são formuladas) e foi desenvolvido por Mayfield e colaboradores (Mayfield, D.; McLeod, G.; and Hall, P. The CAGE questionnaire: Validation of a new alcoholism instrument. American Journal of Psychiatry 131:1121-1123, 1974). Consiste de quatro perguntas:
1. Você já tentou diminuir ou cortar ("Cut down") a bebida?
2. Você já ficou incomodado ou irritado ("Annoyed") com outros porque criticaram seu jeito de beber?
3. Você já se sentiu culpado ("Guilty") por causa do seu jeito de beber?
4. Você já teve que beber para aliviar os nervos ou reduzir os efeitos de uma ressaca ("Eye-opener")?
Se pelo menos uma resposta a essas perguntas for afirmativa ("sim") há suspeita de problemas com o álcool. Duas ou mais respostas afirmativas é indicativo de problemas com o álcool.
Outro questionário é conhecido como Brief-MAST (Teste de Detecção de Alcoolismo de Michigan, versão breve) desenvolvido por Pokorny e colaboradores (Pokorny AD; Miller BA; Kaplan HB. The Brief MAST: A shortened version of the Michigan Alcoholism Screening Test. American Journal of Psychiatry 129(3): 342-345, 1972). Consiste de 10 perguntas, com respostas "sim" ou "não", que recebem pontuação:
1. Você se considera uma pessoa que bebe de modo normal? (Sim=0, Não=2)
2. Seus amigos ou parentes acham que você bebe de modo normal? (Sim=0, Não=2)
3. Você já foi a algum encontro dos Alcoólicos Anônimos (AA)? (Sim=5, Não=0)
4. Você já perdeu amigos/amigas ou namorado/namorada por causa da bebida? (Sim=2, Não=0)
5. Você já teve problemas no trabalho/emprego por causa da bebida? (Sim=2, Não=0)
6. Você já abandonou suas obrigações, sua família ou seu trabalho por 2 ou mais dias em seguida por causa da bebida? (Sim=2, Não=0)
7. Você já teve delirium tremens, tremores, ouviu vozes, viu coisas que não estavam lá depois de beber muito? (Sim=2, Não=0)
8. Você já procurou algum tipo de ajuda por causa da bebida? (Sim=5, Não=0)
9. Você já foi hospitalizado por causa da bebida? (Sim=5, Não=0)
10. Você já esteve preso ou foi multado por dirigir embriagado? (Sim=2, Não=0)
Se a soma dos pontos for menor ou igual a 3 não há problema com bebidas alcoólicas, se for 4 é sugestiva de alcoolismo e se for igual ou maior que 5 indica alcoolismo.
Conseqüências físicas do alcoolismo
O uso excessivo de bebidas alcoólicas pode afetar praticamente todos os órgãos e sistemas do organismo. O aparelho gastrintestinal é particularmente atingido. Podem ocorrer gastrites, ulceras, inflamação do esôfago, pancreatite; as lesões no fígado podem levar à cirrose. Outros aparelhos atingidos são o cardiocirculatorio (podendo ocorrer pressão alta, infarto do miocárdio), o sistema nervoso (epilepsia, lesões em nervos periféricos) e o geniturinário (impotência). Podem ocorrer também doenças devido a deficiências de vitaminas e alterações no sangue. O uso de álcool por mulheres grávidas pode levar a malformações no feto com retardo mental, malformações no coração, membros, crânio e face (síndrome fetal do álcool).
Conseqüências psíquicas do alcoolismo
A embriaguez ou intoxicação aguda pelo álcool é bem conhecida. A pessoa pode ficar agitada, falante, eufórica, com incoordenação motora, rubor facial. Por vezes o quadro de embriaguez é acompanhado de um esquecimento dos fatos ocorridos durante a embriaguez ("blackout"). Algumas pessoas ficam embriagadas com doses muito pequenas de bebidas alcoólicas - este quadro é denominado intoxicação patológica ou idiossincrática.
Na síndrome de dependência ocorre o uso exagerado, continuo de álcool por muito tempo. Há um desejo intenso de beber e necessidade de beber quantidades cada vez maiores para obter o mesmo efeito (tolerância). As atividades da pessoa giram em torno da obtenção de bebidas, ocorrem prejuízos nas demais atividades, como falta ao trabalho, queda do rendimento no trabalho e convívio familiar.
Outra característica da síndrome de dependência é a síndrome de abstinência. Ocorre em geral com a interrupção ou redução abrupta da quantidade de bebida ingerida. A síndrome de abstinência caracteriza-se por tremores, sudorese, aumento da pulsação, insônia, náusea ou vomito, ansiedade e agitação. Quando se torna mais grave surgem ainda as alucinações, em geral na forma de "visões" de animais ou fios na parede ou no ar ou da sensação de formigamento ou de bichos andando pelo corpo da pessoa. Este quadro é chamado de delirium tremens e é ainda acompanhado de febre, convulsões e confusão mental (a pessoa não consegue conversar direito, confunde objetos e pessoas, não sabe informar sobre datas ou local onde se encontra). O delirium tremens é um quadro grave e necessita de tratamento hospitalar.
Com freqüência, após um delirium tremens, a pessoa desenvolve um quadro caracterizado por esquecimento de fatos que ocorreram recentemente. É denominado amnésia induzida pelo álcool ou síndrome de Korsakoff.
Tratamento
O tratamento do alcoolismo é bastante complexo e depende do tipo de quadro que o paciente apresenta. Em termos genéricos, o primeiro passo é evidentemente a conscientização do problema e a interrupção total do uso de bebidas alcoólicas (abstinência). A chamada "desintoxicação" pode ser feita em casa ou, em casos mais graves, em hospital, mas sempre sob cuidado médico. Nesse período é feita também a avaliação e o tratamento dos danos físicos e mentais decorrentes do álcool.
Após a recuperação inicial, segue-se a manutenção da abstinência. A maioria dos trabalhos mostra que a abstinência deve ser total e completa. Uma "bebidinha" de vez em quando abre caminho novamente para a dependência na grande maioria dos casos. Assim é preciso muito esforço e muito apoio para que a pessoa fique distante das bebidas alcoólicas e de outros produtos que contem álcool.
Há alguns medicamentos que podem ajudar a manter a abstinência, os quais devem ser prescritos e seu uso acompanhado pelo médico. O mais conhecido deles é o dissulfiram. Este medicamento deve ser tomado diariamente; ele provoca uma reação extremamente desagradável se a pessoa que o está utilizando ingere mesmo pequenas quantidades de álcool. Com isto cria-se uma aversão ao uso do álcool. Outros medicamentos, entre eles o naltrexone, diminuem a vontade de beber e podem contribuir na recuperação.
A psicoterapia desempenha papel fundamental na recuperação. Procurar buscar com o paciente os motivos que o levam a beber e auxiliar na resolução dos conflitos permitem a construção de uma personalidade mais madura, capaz de lidar com as adversidades sem precisar se refugiar na bebida.
Os grupos de auto-ajuda (Alcoólicos Anônimos e outros) também são muito importantes na recuperação.


 acesso em 13/08/2013


Título Conteúdo  Álcool - da diversão ao vício

O álcool é uma substância que causa dependência chamada popularmente de alcoolismo, razão pela qual é incluído em todas as relações de drogas. No mundo, "a doença causada pelo álcool" preocupa enormemente os sistemas de saúde, estimando-se o número de dependentes entre 10% e 15% da população mundial. No Estado de São Paulo, por exemplo, pelo menos 1 milhão de pessoas sofrem desse mal. Muitas pessoas têm uma idéia formada do que vem a ser alcoolismo, ficando claro que o ser humano que vive nas ruas, de bar em bar, afastado da família e que um dia passou a sofrer de cirrose (degeneração do fígado) é um dependente do álcool. No entanto, muitos outros dependentes descrevem o seu uso como "social". O que é então o alcoolismo? Quais os riscos e as conseqüências de beber exageradamente? Quem é alcoolista? Como é possível um dependente se recuperar?
Os fatos
A palavra alcoolismo é conhecida de todos. Porém, são poucos os que sabem exatamente o seu significado. Portanto, vamos lá.
O alcoolismo, também conhecido como "síndrome da dependência do álcool", é uma doença caracterizada pelos seguintes elementos:
  • Compulsão: uma necessidade forte ou desejo incontrolável de beber.
  • Perda de controle: a inabilidade freqüente de parar de beber uma vez que a pessoa já começou.
  • Dependência física: a ocorrência de sintomas de abstinência, como náusea, suor, tremores e ansiedade, quando se pára de beber após um período bebendo muito. Tais sintomas são aliviados bebendo álccol ou tomando outra droga sedativa.
  • Tolerância: a necessidade de aumentar as quantias de álcool para sentir-se "alto".
(Nem todos estes problemas precisam ocorrer juntos)
O alcoolismo tem pouco a ver com o tipo de álcool bebido por uma pessoa, há quanto tempo a pessoa bebe, ou até mesmo exatamente quanto álcool bebe. Porém, tem muito a ver com a necessidade incontrolável por álcool. Esta descrição do alcoolismo nos ajuda a entender o porquê de a maioria dos dependentes de álcool não conseguir se valer só de "força de vontade" para parar de bebe. Estas pessoas estão sob a forte compulsão do álcool, uma necessidade que se mostra tão forte quanto a sede ou a fome.
O que é o abuso de álcool?
O abuso de álcool é diferente do alcoolismo porque não inclui uma vontade incontrolável de beber, perda do controle ou dependência física. E ainda o abuso de álcool tem menos chances de incluir tolerância do que o alcoolismo (a necessidade de aumentar as quantias de álcool para ficar "alto").
Quais os sinais do Problema
Como descobrir se você - ou alguém próximo - tem algum problema com a bebida? Responda às quatro perguntas a seguir e tente descobrir. (para ajudar a lembrar estas perguntas, note que a primeira letra da palavra chave em cada uma das perguntas formam a palavra "DICA")
  • Você já sentiu que deveria Diminuir a bebida?
  • As pessoas já te Irritaram quando criticaram sua bebida?
  • Você já sentiu mal ou Culpado a respeito de sua bebida?
  • Você já tomou bebida alcóolica pela manhã para "aquecer" os nervos ou para se livrar de uma ressaca (Abridor de olhos)?
Apenas um "sim" sugere um possível problema. Em qualquer dos casos, é importante ir ao médico ou outro profissional da área de saúde imediatamente para discutir suas respostas. Eles podem te ajudar a determinar se você tem ou não um problema com a bebida, e, se você tiver, poderão recomendar a melhor atitude para você tomar.
E mesmo se você respondeu um "não" a todas as perguntas, se você se depara com problemas relacionados ao álcool em seu trabalho, relacionamentos, saúde ou com a lei, você deve procurar ajuda profissional. Os efeitos do álcool podem ser muito sérios e até fatais, tanto para você quanto para outros.
A decisão de pedir ajuda
Reconhecer que se precisa de ajuda para um problema com álcool talvez não seja fácil. Porém, tenha em mente que, o quanto antes vier a ajuda, melhores serão as chances de uma recuperação bem sucedida.
Qualquer relutância que você sinta em discutir sobre a sua bebida com seu profissional de saúde pode reforçar muitos preconceitos sobre o alcoolismo e os dependentes de álcool. Em nossa sociedade prevalece o mito de que um problema com álcool é sinal de fraqueza moral. Como resultado disto, você pode até achar que procurar ajuda é admitir algum tipo de defeito, que você deveria se envergonhar. Contudo, o alcoolismo não é uma doença que indique maior fraqueza que o diabetes ou a asma. E ainda, identificar um possível problema com álcool tem uma compensação enorme, uma chance de viver com mais saúde.
Quando você for a seu médico, ele vai lhe fará uma série de perguntas sobre o seu uso de álcool para determinar se você está ou não tendo problemas por causa do álcool. Tente ser o mais completo e honesto possível. Você também pode passar por exames físicos. Se o médico concluir que você é dependente de álcool, ele deve recomendar que você se dirija a um especialista para diagnosticar e tratar o alcoolismo. Você deverá tomar decisões e entender tudo sobre a necessidade do tratamento e as formas de tratar a dependência.
Tratamento
A natureza do tratamento depende da gravidade do alcoolismo do indivíduo e dos recursos disponíveis na comunidade. O tratamento pode incluir a desintoxicação (o processo de retirar o álcool do sistema de uma pessoa com segurança); tomar medicamentos receitados pelo médico para ajudar a evitar o retorno à bebida uma vez que já parou; e aconselhamento individual e/ou em grupo. Há tipos de aconselhamento promissores que ensinam a recuperar dependentes de álcool e a identificar situações e sentimentos que levam à necessidade de beber e de descobrir novas maneiras de lidar com a ausência do álcool. Quaisquer destes tratamentos podem ocorrer tanto em um hospital, como em tratamento residencial ou ambulatorial (o paciente fica em sua casa e vai às consultas, até todos os dias).
Como o envolvimento com a família é importante para a recuperação, muitos programas oferecem aconselhamento conjugal e terapia familiar como parte do processo de tratamento. Alguns programas podem oferecer para o dependente recursos vitais da comunidade como a assistência legal, treinamento de trabalho, creche e aulas para pais.
Alcoólicos Anônimos
Quase todos os programas de tratamento do alcoolismo também incluem encontros de Alcóolicos Anônimos (AA), cuja descrição é "uma comunidade mundial de homens e mulheres que se ajudam a ficarem sóbrios. "Enquanto o AA é geralmente reconhecido como um programa eficiente de auto-ajuda para recuperar dependentes de álcool, nem todas as pessoas respondem positivamente ao estilo e mensagens do AA, e outras abordagens podem estar disponíveis. Até mesmo, os que vêm conseguindo ajuda pelo AA geralmente descobrem que a recuperação funciona melhor com outros tratamentos juntos, inclusive aconselhamento e tratamento médico.
Alcoolismo tem cura?
Embora o alcoolismo seja uma doença tratável, ainda não há cura. Isto significa que mesmo que um dependente de álcool esteja sóbrio por muito tempo e tenha sua saúde de volta, ele ainda está suscetível a recaídas e deve continuar a evitar todas as bebidas alcóolicas. "Reduzir" não adianta; parar é necessário para uma recuperação bem sucedida.
Contudo, até indivíduos determinados a ficarem sóbrios podem ter recaídas, antes de chegar à sobriedade de longo prazo. Recaídas são muito comuns e não significam que uma pessoa fracassou ou não pode eventualmente se recuperar do alcoolismo. Tenha em mente também que todo dia que um dependente do álcool fica sóbrio antes de uma recaída é extremamente valioso, tanto para o indivíduo quanto para sua família. Se ocorre uma recaída, é muito importante tentar parar de beber de novo e obter o apoio necessário para não beber mais. A recaída não destrói as conquistas que ocorreram durante a abstinência, na maioria das vezes.
Ajuda ao abuso do álcool
Se o seu médico determinar que você não é dependente de álcool, mas está envolvido  em um padrão de abuso de álcool, ele pode ajudá-lo:
  • Examine os benefícios de parar de beber e o risco de continuar bebendo.
  • Estabeleça uma meta de bebida para você mesmo. Algumas pessoas se abstêm do álcool, enquanto outras preferem limitar as quantidades bebidas.
  • Examine as situações que desencadeiam seus padrões não saudáveis de bebida, e desenvolva novas formas de lidar com situações de modo a manter suas metas em relação à bebida.
Algumas pessoas que pararam de beber depois de terem tido problemas relacionados ao álcool freqüentam os AA para obter informação e apoio, mesmo não sendo dependentes.